Tantas descobertas, tantas reflexões ... tantos momentos de felicidades em meio a tantas dificuldades, agradeço aos céus.
Entre o sono e sonho,
Entre mim e o que em mim
É o quem eu me suponho
Corre um rio sem fim.
Passou por outras margens,
Diversas mais além,
Naquelas várias viagens
Que todo o rio tem.
Chegou onde hoje habito
A casa que hoje sou.
Passa, se eu me medito;
Se desperto, passou.
E quem me sinto e morre
No que me liga a mim
Dorme onde o rio corre
Esse rio sem fim.
Fernando Pessoa, 11-9-1933
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Um comentário:
Esse poema é extremamente bonito. E não sei porque, mas ele diz tanto sobre você. Talvez não obviamente... mas diz.
Quero postagens.
bjos, Dunds!
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