Será que alguém um dia já se sentiu inexistente?
Passei boa parte do meu dia assim hoje. Talvez tenha sentido mas antes de hoje, nunca parei para pensar o quanto o meu dia passou em branco. O quanto eu fui nada para eu mesma. O quanto me dediquei a algo que não faz o menor sentido daqui a ( no futuro não tem "H") um ano, ou menos até. Daqui às 18h00.
Rotina venenosa.
É uma sangria desatada com o ter, mas sem ter, nessa sociedade, não conseguimos ser, e as vezes, mesmo tendo, não somos nada. Não estou conseguindo resolver isso. Não consigo me adaptar e esse incômodo está há tempos aqui dentro.
O problema não é não fazer nada e sim, o niilismo inserido nas milhares de coisas que fazemos e no final, a mesma sensação de não ter feito nada.
Não é uma crítica da vida e sim o que estou fazendo com ela.
Maldito niilismo, maldito silogismo.
E daqui a pouco, este mesmo texto não fará mais sentido. Não sei se é o experiente tempo ou a minha inquietude crônica. Mudanças, isso é o que importa.
Ao menos, os socos nas aulas de Kung Fu são libertadores.
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