"Só sei que nada sei". Com estas palavras, Sócrates reagiu ao pronunciamento do oráculo de Delfos, que o apontava como o homem mais sábido de todos os homens. Sócrates dizia que a filosofia não era possível enquanto o indivíduo não se voltasse para si próprio.
Diz - se que, quando perguntavam -lhe o que poderiam fazer para obter todo o conhecimento, Sócrates respondia: Conhece - te a ti mesmo.
Para Sócrates, viemos de um mundo ideal, e já nascemos com todo o conhecimento (matemática, filosofia, física etc)... porém, quando nascemos, esquecemos.
Sócrates fazia perguntas para as pessoas, sobre o que elas achavam sobre o mundo, sobre a vida, etc, a fim de resgatar esse esquecimento. E aos poucos elas percebiam que tinham uma visão sobre vários assuntos, e sobre o que mudaria durante o tempo. Sócrates "sintetizava" esses conhecimentos e percebia neles o que era relevante para sua caminhada.
Pois bem, todo o conhecimento do homem mais sábio de todos os homens, adquiriu - se com os ideais e idéias de pessoas comuns. Não dá pra dizer que não é preciso ler Sócrates huahauh, mas a idéia calha na coisa mais simples do humano, a sabedoria interior que todos têm mesmo ofuscada pela realidade, esta criada por nós mesmos. Eu hein, que coisa...
Talvez esteja na hora de refletirmos sobre nossas idéias, nossas atitudes e manifestar essa sabedoria "socrática" que temos dentro de nós. Isso independe de conceito moral ou grau intelectual, é simples reflexão interior.
Obviamente, essa reflexão não anula nossa busca por conhecimentos e experiências alheios. É preciso ler, estudar, se esforçar e principalmente, questionar para ponderar os assuntos de nosso maior interesse, assim como Sócrates. Porém, esta vontade vem naturalmente conforme nossa ânsia de entender a razão da vida e a transformação do mundo, com atitudes conscientes que se adequam a nossa época. Essas atitudes começam com pequenas mudanças no nosso dia - a - dia.
Se eu não disser nada, nada será dito, se eu não fizer nada, nada será feito. Não dá para esperar que alguém me represente. Não quero tornar - me um mártir. Quero sentir a vida em sua plenitude, e para isso terei que dar minha contribuição para acabar com o teatro dos suplícios, muito mais violento hoje, pois advém do prazer de fazer maldade que atinge até a fauna e a flora... que vai além dos interesses políticos e econômicos. Pôxa, quero ter árvore para estender minha rede, sem achar que vou morrer de bomba, de bala perdida ou de um ataque cardíaco fulminante hehehe
Assim, também mostraremos pro mano do nosso lado, que ele tem parte neste mundo.